sábado, 26 de outubro de 2013

Capítulo 11 - Maria Flor

Observa este vídeo.

O objetivo é a elaboração de um texto em que cada um dá um contributo para a construção desta história coletivaPodes recontar a história, alterar factos, continuar o filme. 


A Maria é uma rapariga muito alegre, que gosta muito da vida e de andar pela cidade dela. Mas hoje qualquer coisa está diferente, o céu está todo cinzento e está a chover, e ela sente-se um pouco triste. Ela queria ir ao centro comercial, e queria ir a pé, mas neste momento ela está na paragem do autocarro, debaixo da chuva, sozinha com o guarda-chuva dela. De repente, ela ouve alguém passar perto dela, e olha para ver o que é e... Ela não pode crer no que vê! O seu amigo Luís, que ela não via há dois anos, está em frente dela, debaixo de chuva, e anda muito cansado. A Maria fica muito contente pela coincidência, e corre em direção ao Luís, que quando a vê, abraça-a e decide que eles vão passar o dia juntos. Um dia feio transforma-se rapidamente num dia muito especial! (Samuele Trottolini)

A menina está à espera do autocarro, o clima é muito ruim, está a chover, está frio, ela está chateada, está cansada de esperar, só quer entrar no autocarro e relaxar por alguns minutos; de repente os seus olhos encontram aqueles de um passante: um rapaz bonitinho que anda tranquilamente à chuva sem se importar com o seu cabelo bonito..a partir desse momento não percebe mais a chuva e o vento frio, a sua mente começa a fantasiar um mundo colorido onde reinam a alegria e o amor... (Anna De Silvi)

Infelizmente a menina nunca mais encontrou aquele rapaz bonitinho. Os dias foram passando e ela começou a ficar triste, como um dia chuvoso, de céu cinzento e vento frio. Começou a ficar com raiva da tal cartomante que lhe havia dito inverdades. E começou a perguntar se realmente encontraria um grande amor, com quem passaria o resto de sua vida. Ah, o amor…como dizia Mário Quintana “….O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá...mas quando menos esperar, ela estará alí do seu lado”. (Ticiana Santiago)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Capítulo 10 - Criando novas ideias...

Observa a seguinte curta-metragem muito criativa, executada a partir da técnica de animação stop motion.

TAREFA:

- Que outro título darias a esta curta-metragem? Porquê?

- Imagina agora que no teu quarto encontras uma passagem secreta. A que lugar mágico gostarias de ir ter? E que aventuras e novidades gostarias de viver?


Eu chamaria esta curta-metragem “Ao meu redor” porque acho que fugir da realidade, refugiar-nos no nosso mundo significa criar um espaço à nossa roda , com coisas que temos perto e que transformamos com a imaginação. Fugir quer dizer, na minha opinião, fortificar o espaço mental e sobrepô-lo ao real. Por isso procuro sempre um momento para escapar e para me distrair, seja onde for, mas sem perder o sentido da realidade. Se eu tivesse de encontar uma passagem secreta (provavelmente no meu armário), usá-la-ia para viajar pelo mundo, porque acho que existem lugares que ao nosso olhar poderiam parecer mais “mágicos” do que aqueles lugares que chamamos “de fantasia”. Há mais nesse mesmo mundo do que podemos atrever-nos a imaginar. (Agnese Giommetti)


Eu chamaria esta curta-metragem “Labirinto da mente". A mente tem tantas capacidades, uma destas é a imaginação que permite sonhar com os olhos abertos. A imaginação permite viver-nos mundos paralelos, mudar-se para os outros planetas, transformar-se em qualquer coisa, mas sobretudo a imaginação permite perder-se na nossa mente, esquecer-se. Se eu no meu quarto tivesse uma passagem secreta, mudar-me-ia para a lua. A lua não é um lugar mágico onde ir? Gostaria de vê-la de perto, vivê-la em primeira pessoa. A lua é cheia de crateras, de vulcões, é cinzenta, é rude, na sua imperfeição ela é perfeita.Quereria ser a primeira habitante da lua. Gostaria de ter esta possibilidade dum lugar mágico onde se refugiar, onde ir quando se está tristes ou felizes, quando choramos ou rimos. No mal a lua poderia ser para ti uma amiga que te ouvisse, que te consolasse, enquanto lhe falas da tua dor. E no bem a lua poderia ser um perfeito par com quem partilhar os melhores momentos da tua vida(Krystyna Borysenko)


Eu chamaria esta curta-metragem "o que perdemos, encontra sempre uma maneira de encontrar-nos", porque, como esta rapariga, muitas vezes perdemos coisas, mesmo sem perceber, mas estas coisas vêm procurar-nos sempre. Muitas vezes sonhei em encontrar uma passagem secreta debaixo da minha cama, uma porta que me levaria longe, num mundo mágico cheio de aventura e longe da tristeza. Eu gostaria de ir para o País das Maravilhas e encontrar personagens literários ou personagens estranhos que habitam num mundo diferente do meu, e que falam também línguas que ninguém entende. Poderia encontrar personagens do passado e do futuro, não só pessoas mas também animais, monstros, objetos animados, personagens mitológicos.. Todas as vezes que eu fico triste, ou sozinha, eu poderia fugir para o meu mundo mágico e beber chá com o Chapeleiro Louco, lutar contra os moinhos de vento ao lado de dom Quixote, viver o amor de Romeu e Julieta.. Mas também atender pessoas que vivem noutras galáxias e aprender as suas histórias, as suas tradições! Cada dia seria sempre novo e emocionante! (Emiliana Magnelli)

terça-feira, 19 de março de 2013

Capítulo 9 - Expressões Idiomáticas

Eis algumas expressões próprias da língua portuguesa usadas, precisamente, pelos falantes brasileiros e luso-africanos em diferentes situações e contextos.


E agora um vídeo produzido pelos alunos da Universidade de Salzburg sobre as expressões da língua portuguesa no Brasil.


Eis o que quatro alunas quiseram partilhar aqui no blogue: simpáticos textos que integram algumas das expressões idiomáticas estudadas nas aulas.

Texto 1
                                 é verdade, o coração é um músculo mas sabe falar

Era uma vez quando o coração e a razão se encontraram. Então a razão repreendia o coração por ter sofrido tanto, por ter quase destruído a própria vida e procurava de todo o modo ajudar o coração a perceber que frequentemente não vale a pena morrer. Desde há 6 meses o coração perguntava-se sobre: como, porquê, se, talvez, etc. Desde há 6 meses o coração pedia por socorro e gritava a plenos pulmões: “Estou farto da dor!" A tristeza apoderou-se do coração, a desilusão entrou em bicos de pés e o coração não pôde fugir. Seguramente, a tristeza tinha fome de leão, porque comeu quase o coração inteiro. Havia só uma parte sã do coração que lutava pela vida. Assim, de vez em quando, o coração falava com a razão, procurava desintoxicar-se da tristeza. Frequentemente, o coração pedia esmola para sobreviver ou dava a outra face, mas a razão tranquilizava-o dizendo: “Sabes coração, tu és um guerreiro e na guerra que estás a combater é lícita cada arma”. (Krystyna Borysenko)

Texto 2

Era uma vez um cavalo preto que era cabeça dura e fazia sempre o que queria. Um dia, travou conversa com um outro cavalo e decidiu viver na sua sombra, como este cavalo era muito bonito e era um safado. Ele foi sempre doido pelos safados, e assim os dois cavalos tornaram-se amigos. Este cavalo era louro e fazia-se sempre fino quando o procuravam. Um dia decidiu gozar com o cavalo preto, que o seguia sempre, e assim pô-lo à vontade e os dois foram para a farra. O cavalo preto apanhou uma bebedeira e o cavalo louro decidiu pregar-lhe uma partida. No dia seguinte, quando o cavalo preto acordou, viu que a sua crina estava rasada e assustou-se. O cavalo louro disse-lhe que um gato que estava com o cio lhe tinha pedido esmola na noite passada, mas ele estava-se nas tintas e assim o gato rasou-lhe a crina. O cavalo preto deu-se conta que o cavalo louro era doido varrido e esclareceu que não queria vê-lo mais, fez as malas e foi-se embora. (Sara Di Mario)

Texto 3


Um dia estava a chover a cântaros. Um Zé ninguém passeava pela rua, sem guarda-chuva. <<Não tenho nada de nada para fazer...-pensava- e agora estou molhado como uma sopa!>> Não teve tempo de acabar os seus pensamentos: um carro chocou contra ele. Era uma rapariga a conduzir: saiu do carro, olhou à sua volta para pedir socorro, mas não havia ninguém pela rua. Não se sentia à vontade mas, por sorte, o homem estava bem: levantou-se, e não acreditava no que ele estava a ver... A mulher mais bonita do mundo estava em frente dele. <<Poderia amá-la loucamente>>, pensou. Travou conversa com ela e, sendo um safado, marcou um encontro com ela para o dia seguinte. A mulher gostou muito de fazer dois dedos de conversa com esse homem, mesmo que a situação fosse esquisita! Ela estava muito emocionada por essa ocasião, fazia a contagem descrescente dos minutos que a separavam do seu encontro com o destino. Mas surpresa: ele deu-lhe balda e ela perdeu as estribeiras. Na verdade, o homem no acidente deu uma cabeçada e esqueceu-se de ter uma mulher, que estava grávida; então, esteve-se nas tintas e deixou a menina sozinha. (Fabiana Scali)

Texto 4
a história do gato Romeo

O gato Romeo é um gato muito preguiçoso, mas um dia ele meteu-se em sarilhos. Geralmente ele dorme uma soneca dez vezes por dia. Um bom dia, às escondidas do seu patrão, o Romeo pediu boleia a um autocarro e foi a um restaurante da cidade. Naquele dia, o gato tinha fome de leão e, portanto, almoçou tanto que depois lambeu os beiços. Dado que estava também embriagado falava à toa. O seu patrão passou nos arredores dos restaurantes e apanhou-o em flagrante. O Romeo tinha cara de pau e fez troça dele. Ele estava tão zangado que o pôs na rua por um dia. O Romeo estava entre a espada e a parede e naquele dia estava um frio de rachar, mas ele armou-se em esperto e em bicos de pés enfiou-se em casa secretamente! (Lucia Guerriero)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Capítulo 8 - Continuando a construir estórias...



- Quem é esta menina?
- Onde vive?
- O que faz ela nos tempos livres?
- Quais os seus sonhos e projetos?

A Argine é uma menina que vive graças à fantasia dela. Ela gosta muito de ler livros, porque pode ver tudo o que acontece naquelas histórias, mas na sua mente, é como se fosse um grande cinema. Vive com o seu melhor amigo, um gato preguiçoso que não gosta de inventar, mas acompanha-a sempre nas viagens da sua mente. Moram juntos numa casa que fica em cima duma colina vazia, porque eles não precisam de nada, só da imaginação: quando estão com sede começam a deslizar rios, quando precisam da luz nasce o sol e, quando precisam de algo diferente, a Argine abre uma caixa que contem um pouco de tudo: a caixa, como os livros, alimenta a criatividade! (Maristella Petti)

Era uma vez uma criança, pequerrucha e tão graciosa, de cabelo ruivo e em pé (não com o susto, mas com a vivacidade), e uma boca sempre pronta para sorrir. O seu nome era Argine. Há muito tempo, a Argine vivia numa casinha de madeira na periferia duma cidade cinzenta e muito tristonha. A Argine gostava muito de ler, mas poucos eram os livros naquela cidade: todos os cidadãos lhe diziam: “Não leias , Argine! Ler desvia o pensamento das coisas reais e importantes!”. Todavia, quando se perguntava quais eram estas coisas reais e importantes, a resposta era sempre a mesma: os livros, o seu gatinho, agulha e fio! De facto, coser era um dos seus passatempos preferidos. Um dia, enquanto lia uma fábula chamada “A Gata-borralheira”, ocorreu-lhe uma ideia e logo aplicou-se para realizá-la. Comprou o necessário e coseu um mundo todo seu! No decurso de poucas horas, sem dizer uma palavra, mudou-se para o seu maravilhoso mundo vermelho com a casinha de madeira, o seu gatinho e os seus livros.. enfim podia ler quanto queria! Por último, tirou uma fotografia e enviou-a aos seus velhos concidadãos. Desde então, todas as vezes que lhe ocorria uma ideia enquanto lia, a Argine realizava-a (com a colaboração do seu gatinho), e enviava aos cinzentos e tristonhos cidadãos uma fotografia, para lhes demonstrar quanto pode ser lindo e variado o mundo. (Ilaria Pernici) 

Argine é a Fantasia. Ela mora na nossa cabeça. Mas ela sente-se melhor com as crianças, porque elas lhe deixam fazer tudo o que gosta. A ambientação do vídeo mostra-nos um sítio despido que muda graças à vontade da Argine. Este sítio não é triste, pelo contrário é um lugar que está a esperar que alguém o semeie para florescer. A Argine dá-nos um exemplo disto quando melhora a árvore e a sua casa. Acho que não é preciso perguntar-se o que ela faz nos tempos livres, porque, de uma maneira muito singular, ela nunca descansa. Isto é devido à sua imaginação que está sempre em movimento. (Cristina Gangitano) 

Este vídeo conta a história duma menina cujo nome é Argine. A Argine tem mais ou menos dez anos e mora numa casa muito pequena acima de uma colina no meio dum espaço vazio como um deserto. Ela não tem pais ou avós mas mora com um boneco, um gato. Vive num mundo onde muitas coisas são pintadas de vermelho, a cor do coração e da fantasia, e ali tudo se pode imaginar. A fantasia é a sua força. Nos tempos livres ela gosta de ler muitos livros e imaginar situações que no nosso mundo tão realista não se podem realizar. Os seus sonhos são muitos mas sabe como realizá-los com as poucas coisas que tem. Quando a Argine sonhou em ser uma princesa lindíssima com um cavalo e um castelo branco, na sua mente o seu gato tornava-se o seu cavalo, a sua pequena casa o seu castelo... precisava pouco para coroar-se “Princesa da fantasia”. (Pasquale Ambrosino)

A Argine é uma menina com os cabelos ruivos, meias às riscas e uma estrela sobre o vestido. Assim é também o seu mundo: vermelho como os desejos do coração dum homem e cheio de brilho como a mais sincera amizade. Mesmo como a da Argine e do seu boneco, um gato silencioso que a vê sonhar e ler fábulas. Vive só com o seu gato numa cabana de madeira, entre dunas de areia vermelha e caminhos apenas tracejados. Mas não é este o seu mundo real: a sua vida reside entre as palavras coloridas dos livros que ela lê e uma caixa de madeira que recolhe muitos tesouros pequenos. Lê e sonha, a Argine: quer ser uma princesa como a do seu livro preferido!E, assim, bastam uma árvore com uma fita amarela e bolinhas vermelhas, uma coroa e uma antiga máquina fotográfica para capturar num diapositivo a realização do seu sonho: uma imagem tão linda e limpa que só quem olha e sonha com a mais brilhante imaginação e a mais viva alegria pode compreendê-la em cheio. (Federica Riccio)