segunda-feira, 30 de maio de 2016

Capítulo 20 - A Arte

Começa por observar esta curta-metragem.


Consegues imaginar um mundo sem palavras, sem sons, cores ou movimentos?
Qual é, na tua opinião, a função da Arte?


"A arte serve para emocionar. Numa era na qual as máquinas e a tecnologia estão a substituir cada vez mais os homens e o seu trabalho, a arte vai ser a única coisa humana que nos restará (...). A arte serve para nos lembrarmos que estamos vivos." 
(Serena Gatti)

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Capítulo 19 - O tempo

 A partir desta curta-metragem animada reflete sobre o tempo e se por acaso o "vírus da pressa" também afeta o teu dia-a-dia.



"É uma pena que as pessoas façam tudo depressa porque nunca param para refletir sobre as coisas importantes como os sentimentos, as relações, a natureza, a família".       (Ludovica Palumbo)

"É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão (...) É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios". (Antonio Cerroni)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Capítulo 18 - O valor da Amizade

Extraordinário anúncio publicitário de uma conhecida marca de cerveja portuguesa que apela à necessidade de recuperarmos os nossos bons amigos, de estarmos com eles sem mais desculpas para adiar encontros, levando a "amizade a sério" 



Os alunos foram convidados a refletir sobre o valor da amizade.  
Desta reflexão emergiram os seguintes comentários:

"A amizade pede paciência e compreensão porque as dificuldades são muitas como em todas as relações humanas (...) Às vezes tens de mostrar a tua presença mas outras tens de permanecer em silêncio se necessário; a amizade pede tempo e equilíbrio."
(Maria Doulakaki)

"Amigo é a pessoa que respeita as minhas ideias, as minhas ações (...) A verdadeira amizade é aquela que não julga mas abraça." (Antonio Cerroni)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Capítulo 16 - Uma família de corda

Mais um vídeo animado, mais uma história à espera de ser recontada e reinventada... 


Julho, 1974. Aldeia isolada numa zona rural. A família Branco é aparentemente uma família normal. Tem uma bonita casa, uma mãe exemplar e um pai que, como todos os pais das boas famílias, lê o jornal enquanto almoça. Marco Branco, o rapaz da casa, educado, bem vestido e com excelentes notas na escola tem um segredo. Todas as manhãs, à mesma hora, observa da janela uma adorável rapariga a correr e a dançar na relva. Mas não, não é este o segredo do Marco... (Serena Gatti)

 (continua...)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Capítulo 15 - Afetos do avesso?

Este é o trailer de uma curta-metragem que vimos nas aulas. 
Para a ver completa basta clicar aqui.


Eis a partilha de algumas das reflexões que os alunos teceram a respeito deste extraordinário vídeo.


Que outro título darias a esta história? Porquê?

O outro título que daria a esta história poderia ser "O amor não tem fronteiras", porque todo o evento se realiza em duas realidades opostas mas sempre no mesmo lugar, visto em duas perspetivas diferentes. (Letizia Rossi)

"A gravidade duma relação" poderia ser o título desta curta-metragem, já que as personagens se relacionam bastante friamente e parecem ter sérios problemas com a atração gravitacional. (Luigi Boncompagni)


Acreditas no amor para toda a vida?

Acredito no amor para toda a vida mas acho que a forma de amar muda com o passar do tempo. Todavia, isto não significa que a força do sentimento tenha diminuído, só tem de ser sempre cultivado. (Sofia Valigi)

Acho que o amor para toda a vida não só existe mas é a única forma de amar. 
(Luigi Boncompagni)


Na tua opinião o casamento pode mudar as pessoas?

As pessoas mudam sempre durante a vida, algumas mais outras menos. Com certeza isso pode ameaçar a estabilidade do casamento mas não significa que o amor desapareceu e às vezes é bom lembrar ao outro os sentimentos esquecidos. (Stefania Ronci)

O casamento pode mudar as pessoas porque mudam os hábitos, mudam as prioridades mas não o carácter. (Federica Parigi)


 Como interpretas o final desta história?

O final mostra como o verdadeiro amor é capaz de superar todas as dificuldades e todos os mal-entendidos. (Alessio Raffaele Lamacchia)

Acho que o final quer sublinhar o facto que sempre há tempo para recuperar o amor que se acreditava perdido, talvez só através de um pequeno gesto. (Sofia Valigi)

terça-feira, 29 de julho de 2014

Capítulo 14 - O Farol

Observa a seguinte curta-metragem do jovem autor Po Chou Chi, a qual ganhou 27 prémios internacionais e reflete sobre o que viste.


O filme transmite-me muita tristeza todas as vezes que o filho parte e deixa o pai sozinho. Mas também me transmite um sentido de segurança porque o pai fica sempre ali à espera do filho, representando um porto seguro. (Clara Piccinno) 

Esta curta-metragem é muito profunda e emocionante porque é capaz de expressar o ciclo da vida através da metáfora do barco, antes pequeno e depois grande. (Matteo Capitini)

Quando o barco adquire um motor e depois se transforma numa lancha, e posteriormente num navio, conseguimos perceber o crescimento da personagem que simboliza o próprio ser humano. (Ticiana Santiago)

Cada início imprescindivelmente comporta um fim, assim como um fim pressupõe sempre um novo início. (Sara Burza)

Um dia também nós ensinaremos a tocar o piano da vida. (Elisa Mariani)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Capítulo 13 - Histórias em Roda

Eis uma nova proposta de escrita coletiva a partir de um vídeo muito pictórico.


É importante não esquecer a referência a alguns elementos:
  • quem são as personagens
  • descrição do espaço e do  tempo
  • a linguagem situa-se entre o real e o metafórico

Num pequeno quarto sem luz, a Morgana está a tomar a bebiba preferida dela: um bom café de cevada, muito quente e com um pouco de açúcar de cana. Ela tem as meias de lã muito coloridas que gosta sempre de ter quando está frio em casa e que a ajudam a pensar. De repente um ruído: Tetê, o gato dela, que nunca é capaz de estar quieto. Mas... a janela está aberta: o vento? Sim, a persiana torna a fechar-se (por uma vez o Tetê não fez nada). No entanto, a Morgana viu algo da janela. (Luigi Boncompagni)

Um animal, mais precisamente um javali, estava fora de casa. Ela começa a pensar profundamente e a ver imagens. Entretanto, a vida fora da casa dela parece continuar o seu curso normal: os animais vivendo tranquilos, os pássaros cantando e o sol brilhando no céu azul. Ela pensa e voa sobre os pensamentos. Vê o marido longe de casa, distante dela, e sente uma profunda saudade. Ela sente-se sozinha em casa. Gostaria de ter o marido perto. Os pensamentos tornam-se escuros e ela não pode parar de imaginar situações... (Lucas Simone)

A Morgana começa a construir com a fantasia uma sua viagem ideal e deseja realizá-la com o único amor da vida dela: o Thomas. Ela imagina um país exótico, quente, longe da tristeza e da solidão da casa dela. No sonho, ela vê uma paisagem espetacular, um campo enorme que parece acordar depois do sono do inverno. As cores das flores são brilhantes e as árvores estão plenas de frutos deliciosos. Mas este é só um sonho e ela fica à espera sozinha... (Stefania Ronci)

As ilusões dela continuam repetidamente, e a esperança de ver o Thomas está a assombrar a mente dela. A Morgana continua a pensar no Thomas e as coisas que podem fazer juntos: ir à praia e colher flores amarelas e vermelhas, as suas duas cores favoritas. As estações passam... Num dia silencioso, quando está a olhar pela janela, a porta abre-se. Ela vira-se para ver quem é e com um sorriso quente no rosto vê o Thomas. A Morgana continua a tomar o café com felicidade. (Mairna Majrouh)

A Morgana sabe que olhando da janela ela viu tudo de bom que tem na vida, cruzando a linha entre o real e o imaginário. Portanto, o Thomas apareceu para ela como um sonho que aquece o coração. Ela está feliz porque sabe que isso não é irreal: através do javali que deu lugar a uma série de imagens, a Morgana chega à realidade e um pouco depois ela vê à sua frente o Thomas, o homem que ela tanto adora e está contente porque ainda vão viver muitas coisas juntos. (Valentina Lenticchia)

Parece-lhe um sonho que o Thomas está ali. Veste um fato e um boné que ela nunca tinha visto antes. Mas tem na boca o cachimbo que ela conhece muito bem. Ela tinha muitas saudades do odor dele! O Thomas aparece cansado e um pouco mais velho do que quando partiu. Na sua mão direita tem uma mala. Que contém? Presentes para ela? Documentos importantes? A Morgana não sabe. Mas nem se importa. Quando o Thomas tira o boné e sorri, ela só quer abraçar o seu namorado. (Sofia Valigi)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Capítulo 12 - Imaginação simbólica

Observa este curto vídeo animado.


A partir destas imagens, imagina que és um balão. Conta por onde já viajaste ou gostarias de viajar, que aventuras viveste ou que gostarias de viver e todas as novidades que viste ou que gostarias de ver.

"Se eu pudesse ser um pequeno balão que voa pelo ar, livre, eu seria ligeira para poder voar quando não há vento e também forte e robusta para enfrentar as tempestades. Viajaria com a liberdade de poder ver todos os países do mundo, da África à Ásia, visitaria a América de norte a sul. Eu gostaria de ver lugares desconhecidos, observar animais que normalmente se veem apenas nos livros. Seria um balão capaz de voar quando há temporais e hábil para subir acima das nuvens e sentir o calor do sol. Acho que a minha liberdade seria conseguida depois de uma fuga das mãos de um vendedor de balões. A liberdade é algo precioso como a vida e a vida não pode ser vendida. Como pequeno balão que tive a coragem de fugir, gostaria de ser um exemplo para todos os outros balões que ainda estão à espera de serem vendidos e que não sabem que vão perder a cor, o brilho e o ar que está neles e que poderia, pelo contrário, levá-los à liberdade".      (Benedetta Oliovecchio)

"Finalmente encheram-me! Sou um balão, odeio ser flácido e pequenito, estreito naquela saqueta de plástico. Quero flutuar e quando é o momento voar pelo céu (...) O vento transporta-me dum lugar a outro, posso ver o mundo inteiro (tendo o cuidado de não ficar preso numa árvore) e viajar com outros companheiros que como eu tiveram a mesma sorte. Todos acabamos por ser atraídos para o que se designa de 'buraco negro'. Mas se vocês soubessem quanto é colorido!..."(Serena Gatti)


Outras sugestões:

Imagina que és um sapato. Onde gostarias de ir?

"Olá, eu sou um sapato esquerdo. Sou seguramente mais confortável do que o meu irmão direito, mas ele chuta a bola melhor do que eu (mas só um pouco). Frequentemente queria ir para a minha estrada sozinho, sem atrasos, sem obstáculos, mas não posso. Tenho que estar aqui, com este eterno companheiro, pouco confortável também na confiança que eu tenho nele. Todas as vezes que temos uma disputa, o nosso dono cai no chão. Todas as vezes que me tento ir embora, o nosso dono cai no chão. Mais ainda, eu tenho uma cor mais viva e cheiro melhor do que o meu irmão. Mas no final eu gosto dele. Sim, sempre está do lado oposto, sempre a contradizer... mas é o meu irmão". (Luigi Boncompagni)


Imagina que és uma caneta. O que gostarias de escrever?


"Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Finalmente uma menina comprou-me! Ela libertou-me daquela tristíssima prisão onde estive por dois infinitos anos. Aquele anjo com os olhos azuis já abriu o meu pacote e começou a usar-me. De manhã escrevemos algumas lindas páginas da História de Portugal, com minha felicidade. Agora estou sobre a mesa, esperando a doce mão dela. A minha mente viaja por países distantes, sonhando em combater perto de Napoleão, em contar a história de Ulisses, em viajar com o sol à volta da terra, em fazer contas impossíveis. Sonho também em escrever um livro muito bonito, que todo o mundo vai amar! Pela primeira vez estou feliz de ser uma caneta!" 
(Sofia Valigi)

sábado, 26 de outubro de 2013

Capítulo 11 - Maria Flor

Observa este vídeo.

O objetivo é a elaboração de um texto em que cada um dá um contributo para a construção desta história coletivaPodes recontar a história, alterar factos, continuar o filme. 


A Maria é uma rapariga muito alegre, que gosta muito da vida e de andar pela cidade dela. Mas hoje qualquer coisa está diferente, o céu está todo cinzento e está a chover, e ela sente-se um pouco triste. Ela queria ir ao centro comercial, e queria ir a pé, mas neste momento ela está na paragem do autocarro, debaixo da chuva, sozinha com o guarda-chuva dela. De repente, ela ouve alguém passar perto dela, e olha para ver o que é e... Ela não pode crer no que vê! O seu amigo Luís, que ela não via há dois anos, está em frente dela, debaixo de chuva, e anda muito cansado. A Maria fica muito contente pela coincidência, e corre em direção ao Luís, que quando a vê, abraça-a e decide que eles vão passar o dia juntos. Um dia feio transforma-se rapidamente num dia muito especial! (Samuele Trottolini)

A menina está à espera do autocarro, o clima é muito ruim, está a chover, está frio, ela está chateada, está cansada de esperar, só quer entrar no autocarro e relaxar por alguns minutos; de repente os seus olhos encontram aqueles de um passante: um rapaz bonitinho que anda tranquilamente à chuva sem se importar com o seu cabelo bonito..a partir desse momento não percebe mais a chuva e o vento frio, a sua mente começa a fantasiar um mundo colorido onde reinam a alegria e o amor... (Anna De Silvi)

Infelizmente a menina nunca mais encontrou aquele rapaz bonitinho. Os dias foram passando e ela começou a ficar triste, como um dia chuvoso, de céu cinzento e vento frio. Começou a ficar com raiva da tal cartomante que lhe havia dito inverdades. E começou a perguntar se realmente encontraria um grande amor, com quem passaria o resto de sua vida. Ah, o amor…como dizia Mário Quintana “….O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá...mas quando menos esperar, ela estará alí do seu lado”. (Ticiana Santiago)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Capítulo 10 - Criando novas ideias...

Observa a seguinte curta-metragem muito criativa, executada a partir da técnica de animação stop motion.

TAREFA:

- Que outro título darias a esta curta-metragem? Porquê?

- Imagina agora que no teu quarto encontras uma passagem secreta. A que lugar mágico gostarias de ir ter? E que aventuras e novidades gostarias de viver?


Eu chamaria esta curta-metragem “Ao meu redor” porque acho que fugir da realidade, refugiar-nos no nosso mundo significa criar um espaço à nossa roda , com coisas que temos perto e que transformamos com a imaginação. Fugir quer dizer, na minha opinião, fortificar o espaço mental e sobrepô-lo ao real. Por isso procuro sempre um momento para escapar e para me distrair, seja onde for, mas sem perder o sentido da realidade. Se eu tivesse de encontar uma passagem secreta (provavelmente no meu armário), usá-la-ia para viajar pelo mundo, porque acho que existem lugares que ao nosso olhar poderiam parecer mais “mágicos” do que aqueles lugares que chamamos “de fantasia”. Há mais nesse mesmo mundo do que podemos atrever-nos a imaginar. (Agnese Giommetti)


Eu chamaria esta curta-metragem “Labirinto da mente". A mente tem tantas capacidades, uma destas é a imaginação que permite sonhar com os olhos abertos. A imaginação permite viver-nos mundos paralelos, mudar-se para os outros planetas, transformar-se em qualquer coisa, mas sobretudo a imaginação permite perder-se na nossa mente, esquecer-se. Se eu no meu quarto tivesse uma passagem secreta, mudar-me-ia para a lua. A lua não é um lugar mágico onde ir? Gostaria de vê-la de perto, vivê-la em primeira pessoa. A lua é cheia de crateras, de vulcões, é cinzenta, é rude, na sua imperfeição ela é perfeita.Quereria ser a primeira habitante da lua. Gostaria de ter esta possibilidade dum lugar mágico onde se refugiar, onde ir quando se está tristes ou felizes, quando choramos ou rimos. No mal a lua poderia ser para ti uma amiga que te ouvisse, que te consolasse, enquanto lhe falas da tua dor. E no bem a lua poderia ser um perfeito par com quem partilhar os melhores momentos da tua vida(Krystyna Borysenko)


Eu chamaria esta curta-metragem "o que perdemos, encontra sempre uma maneira de encontrar-nos", porque, como esta rapariga, muitas vezes perdemos coisas, mesmo sem perceber, mas estas coisas vêm procurar-nos sempre. Muitas vezes sonhei em encontrar uma passagem secreta debaixo da minha cama, uma porta que me levaria longe, num mundo mágico cheio de aventura e longe da tristeza. Eu gostaria de ir para o País das Maravilhas e encontrar personagens literários ou personagens estranhos que habitam num mundo diferente do meu, e que falam também línguas que ninguém entende. Poderia encontrar personagens do passado e do futuro, não só pessoas mas também animais, monstros, objetos animados, personagens mitológicos.. Todas as vezes que eu fico triste, ou sozinha, eu poderia fugir para o meu mundo mágico e beber chá com o Chapeleiro Louco, lutar contra os moinhos de vento ao lado de dom Quixote, viver o amor de Romeu e Julieta.. Mas também atender pessoas que vivem noutras galáxias e aprender as suas histórias, as suas tradições! Cada dia seria sempre novo e emocionante! (Emiliana Magnelli)

terça-feira, 19 de março de 2013

Capítulo 9 - Expressões Idiomáticas

Eis algumas expressões próprias da língua portuguesa usadas, precisamente, pelos falantes brasileiros e luso-africanos em diferentes situações e contextos.


E agora um vídeo produzido pelos alunos da Universidade de Salzburg sobre as expressões da língua portuguesa no Brasil.


Eis o que quatro alunas quiseram partilhar aqui no blogue: simpáticos textos que integram algumas das expressões idiomáticas estudadas nas aulas.

Texto 1
                                 é verdade, o coração é um músculo mas sabe falar

Era uma vez quando o coração e a razão se encontraram. Então a razão repreendia o coração por ter sofrido tanto, por ter quase destruído a própria vida e procurava de todo o modo ajudar o coração a perceber que frequentemente não vale a pena morrer. Desde há 6 meses o coração perguntava-se sobre: como, porquê, se, talvez, etc. Desde há 6 meses o coração pedia por socorro e gritava a plenos pulmões: “Estou farto da dor!" A tristeza apoderou-se do coração, a desilusão entrou em bicos de pés e o coração não pôde fugir. Seguramente, a tristeza tinha fome de leão, porque comeu quase o coração inteiro. Havia só uma parte sã do coração que lutava pela vida. Assim, de vez em quando, o coração falava com a razão, procurava desintoxicar-se da tristeza. Frequentemente, o coração pedia esmola para sobreviver ou dava a outra face, mas a razão tranquilizava-o dizendo: “Sabes coração, tu és um guerreiro e na guerra que estás a combater é lícita cada arma”. (Krystyna Borysenko)

Texto 2

Era uma vez um cavalo preto que era cabeça dura e fazia sempre o que queria. Um dia, travou conversa com um outro cavalo e decidiu viver na sua sombra, como este cavalo era muito bonito e era um safado. Ele foi sempre doido pelos safados, e assim os dois cavalos tornaram-se amigos. Este cavalo era louro e fazia-se sempre fino quando o procuravam. Um dia decidiu gozar com o cavalo preto, que o seguia sempre, e assim pô-lo à vontade e os dois foram para a farra. O cavalo preto apanhou uma bebedeira e o cavalo louro decidiu pregar-lhe uma partida. No dia seguinte, quando o cavalo preto acordou, viu que a sua crina estava rasada e assustou-se. O cavalo louro disse-lhe que um gato que estava com o cio lhe tinha pedido esmola na noite passada, mas ele estava-se nas tintas e assim o gato rasou-lhe a crina. O cavalo preto deu-se conta que o cavalo louro era doido varrido e esclareceu que não queria vê-lo mais, fez as malas e foi-se embora. (Sara Di Mario)

Texto 3


Um dia estava a chover a cântaros. Um Zé ninguém passeava pela rua, sem guarda-chuva. <<Não tenho nada de nada para fazer...-pensava- e agora estou molhado como uma sopa!>> Não teve tempo de acabar os seus pensamentos: um carro chocou contra ele. Era uma rapariga a conduzir: saiu do carro, olhou à sua volta para pedir socorro, mas não havia ninguém pela rua. Não se sentia à vontade mas, por sorte, o homem estava bem: levantou-se, e não acreditava no que ele estava a ver... A mulher mais bonita do mundo estava em frente dele. <<Poderia amá-la loucamente>>, pensou. Travou conversa com ela e, sendo um safado, marcou um encontro com ela para o dia seguinte. A mulher gostou muito de fazer dois dedos de conversa com esse homem, mesmo que a situação fosse esquisita! Ela estava muito emocionada por essa ocasião, fazia a contagem descrescente dos minutos que a separavam do seu encontro com o destino. Mas surpresa: ele deu-lhe balda e ela perdeu as estribeiras. Na verdade, o homem no acidente deu uma cabeçada e esqueceu-se de ter uma mulher, que estava grávida; então, esteve-se nas tintas e deixou a menina sozinha. (Fabiana Scali)

Texto 4
a história do gato Romeo

O gato Romeo é um gato muito preguiçoso, mas um dia ele meteu-se em sarilhos. Geralmente ele dorme uma soneca dez vezes por dia. Um bom dia, às escondidas do seu patrão, o Romeo pediu boleia a um autocarro e foi a um restaurante da cidade. Naquele dia, o gato tinha fome de leão e, portanto, almoçou tanto que depois lambeu os beiços. Dado que estava também embriagado falava à toa. O seu patrão passou nos arredores dos restaurantes e apanhou-o em flagrante. O Romeo tinha cara de pau e fez troça dele. Ele estava tão zangado que o pôs na rua por um dia. O Romeo estava entre a espada e a parede e naquele dia estava um frio de rachar, mas ele armou-se em esperto e em bicos de pés enfiou-se em casa secretamente! (Lucia Guerriero)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Capítulo 8 - Continuando a construir estórias...



- Quem é esta menina?
- Onde vive?
- O que faz ela nos tempos livres?
- Quais os seus sonhos e projetos?

A Argine é uma menina que vive graças à fantasia dela. Ela gosta muito de ler livros, porque pode ver tudo o que acontece naquelas histórias, mas na sua mente, é como se fosse um grande cinema. Vive com o seu melhor amigo, um gato preguiçoso que não gosta de inventar, mas acompanha-a sempre nas viagens da sua mente. Moram juntos numa casa que fica em cima duma colina vazia, porque eles não precisam de nada, só da imaginação: quando estão com sede começam a deslizar rios, quando precisam da luz nasce o sol e, quando precisam de algo diferente, a Argine abre uma caixa que contem um pouco de tudo: a caixa, como os livros, alimenta a criatividade! (Maristella Petti)

Era uma vez uma criança, pequerrucha e tão graciosa, de cabelo ruivo e em pé (não com o susto, mas com a vivacidade), e uma boca sempre pronta para sorrir. O seu nome era Argine. Há muito tempo, a Argine vivia numa casinha de madeira na periferia duma cidade cinzenta e muito tristonha. A Argine gostava muito de ler, mas poucos eram os livros naquela cidade: todos os cidadãos lhe diziam: “Não leias , Argine! Ler desvia o pensamento das coisas reais e importantes!”. Todavia, quando se perguntava quais eram estas coisas reais e importantes, a resposta era sempre a mesma: os livros, o seu gatinho, agulha e fio! De facto, coser era um dos seus passatempos preferidos. Um dia, enquanto lia uma fábula chamada “A Gata-borralheira”, ocorreu-lhe uma ideia e logo aplicou-se para realizá-la. Comprou o necessário e coseu um mundo todo seu! No decurso de poucas horas, sem dizer uma palavra, mudou-se para o seu maravilhoso mundo vermelho com a casinha de madeira, o seu gatinho e os seus livros.. enfim podia ler quanto queria! Por último, tirou uma fotografia e enviou-a aos seus velhos concidadãos. Desde então, todas as vezes que lhe ocorria uma ideia enquanto lia, a Argine realizava-a (com a colaboração do seu gatinho), e enviava aos cinzentos e tristonhos cidadãos uma fotografia, para lhes demonstrar quanto pode ser lindo e variado o mundo. (Ilaria Pernici) 

Argine é a Fantasia. Ela mora na nossa cabeça. Mas ela sente-se melhor com as crianças, porque elas lhe deixam fazer tudo o que gosta. A ambientação do vídeo mostra-nos um sítio despido que muda graças à vontade da Argine. Este sítio não é triste, pelo contrário é um lugar que está a esperar que alguém o semeie para florescer. A Argine dá-nos um exemplo disto quando melhora a árvore e a sua casa. Acho que não é preciso perguntar-se o que ela faz nos tempos livres, porque, de uma maneira muito singular, ela nunca descansa. Isto é devido à sua imaginação que está sempre em movimento. (Cristina Gangitano) 

Este vídeo conta a história duma menina cujo nome é Argine. A Argine tem mais ou menos dez anos e mora numa casa muito pequena acima de uma colina no meio dum espaço vazio como um deserto. Ela não tem pais ou avós mas mora com um boneco, um gato. Vive num mundo onde muitas coisas são pintadas de vermelho, a cor do coração e da fantasia, e ali tudo se pode imaginar. A fantasia é a sua força. Nos tempos livres ela gosta de ler muitos livros e imaginar situações que no nosso mundo tão realista não se podem realizar. Os seus sonhos são muitos mas sabe como realizá-los com as poucas coisas que tem. Quando a Argine sonhou em ser uma princesa lindíssima com um cavalo e um castelo branco, na sua mente o seu gato tornava-se o seu cavalo, a sua pequena casa o seu castelo... precisava pouco para coroar-se “Princesa da fantasia”. (Pasquale Ambrosino)

A Argine é uma menina com os cabelos ruivos, meias às riscas e uma estrela sobre o vestido. Assim é também o seu mundo: vermelho como os desejos do coração dum homem e cheio de brilho como a mais sincera amizade. Mesmo como a da Argine e do seu boneco, um gato silencioso que a vê sonhar e ler fábulas. Vive só com o seu gato numa cabana de madeira, entre dunas de areia vermelha e caminhos apenas tracejados. Mas não é este o seu mundo real: a sua vida reside entre as palavras coloridas dos livros que ela lê e uma caixa de madeira que recolhe muitos tesouros pequenos. Lê e sonha, a Argine: quer ser uma princesa como a do seu livro preferido!E, assim, bastam uma árvore com uma fita amarela e bolinhas vermelhas, uma coroa e uma antiga máquina fotográfica para capturar num diapositivo a realização do seu sonho: uma imagem tão linda e limpa que só quem olha e sonha com a mais brilhante imaginação e a mais viva alegria pode compreendê-la em cheio. (Federica Riccio)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Capítulo 7 - Nova Ortografia de Bolso...

Para não esqueceres algumas das regras do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que vimos nas aulas, sobretudo relativamente à colocação ou supressão do hífen, eis alguns simpáticos vídeos que te podem ser úteis:








terça-feira, 22 de maio de 2012

Capítulo 6 - Era uma vez um país...


«Era uma vez um país
na ponta do fim do mundo
onde o mar não tinha eco
onde o céu não tinha fundo.
Onde longe longe longe
mais longe que a ventania
mais longe que a flor da sombra
ou a flor da maresia
em sete lagos de pedra
sete castelos de nuvens
em sete cristais de gelo
uma princesa vivia.
Era uma vez um país
na ponta do fim do mundo
onde o mar não tinha eco
onde o céu não tinha fundo.
Onde longe longe longe
mais longe que a luz do dia
com a sua coroa de abetos
e seus anéis de silêncio
suas sandálias de tempo
seu tear de nostalgia
uma princesa tecia
o seu tapete de espanto
no fim da fantasia
do seu casulo de encanto.»

(Ary dos Santos, Tempo da Lenda das Amendoeiras)


E agora uma curta-metragem animada.


Na tua opinião, onde fica este lugar? Como se chama? 
Quem é esta personagem?
E por que é que improvisadamente tudo fica sem cor e movimento?


A personagem desta história é uma menina que tem de dançar sempre para fazer passar o tempo, em quanto ela representa o tempo mesmo. Quando ela tenta sair da engrenagem do relógio para ver as coisas boas da aldeia e do mundo, tudo pára e se transforma cinzento e imóvel. A menina está triste porque compreende que nunca poderá ver o mundo e as cores, então regressa ao seu trabalho no relógio e começa a dançar novamente. O tempo corre e as cores voltam e ela está feliz. (Rachele Reali)

A bailarina é a felicidade que vive num mundo chamado vida. Ela mora no coração desse mundo. A vida passa e a felicidade está sempre presente. Mas quando a felicidade decide deixar o coração da vida, o mundo pára e fica triste. Percebendo que a sua presença é fundamental, ela decide voltar, porque sem a felicidade a vida não faz sentido. (Ticiana Santiago)


Esta curta-metragem conta a história de uma menina, uma bailarina muito gira sobre a qual, porém, não sabemos nada, não sabemos quem é, quantos anos tem e como se chama. Sabemos que é a dona dum país maravilhoso, sem guerra, sem ladrões e sem violência... é um mundo perfeito... quase perfeito! Este mundo imaginário depende sempre dela, ela é o espíito vital de tudo. Precisamente o mundo onde mora depende da dança dela: quando ela dança tudo se move e no ar se respiram sensações positivas, de otimismo, porém, quando ela pára a sua dança, tudo fica sem movimento, não há cores. A vida depende dela, tudo depende dela... só ela não se dá conta disso! (Matteo Capitini)


Esta história fala duma menina que está a sonhar com uma grande cidade, onda há casas de madeira e muitos balões pelo ar. Ela é uma bailarina; só se sente livre quando está a dançar. Neste mundo imaginário, quando ela deixar a sua paixão, já não há movimento: as cores desaparecem e também o céu fica triste. Neste sonho, a rapariga compreende que para viver bem e ter um mundo de todas as cores não pode renunciar aos seus desejos e às suas emoções. Estas sensações movem o relógio da sua vida. (Fabiana Scali) 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Capítulo 5 - Um Mar de emoções...



O mar é uma carícia fresca de liberdade
Que nas mãos ou na cara podes tatear,
é o suspiro de uma procissão
infinita de raparigas
que ao sacrifício vão,
é o perfume de tristes profundidades
esquecidas,
é o gosto de imensidades
perdidas…
O mar é como um estado de ânimo,
mutável e sublime.  (Carmen Teramo)

O mar é uma extensão de água salgada que marca horizontes. Milhões de gotas que substituem terras e prados. É uma coisa tão grande, imensa e poderosa que não conhece fronteiras. O mar com a sua força implacável gera a vida, acolhe maravilhosas formas vitais, mas ao mesmo tempo pode destruí-la. O mar, muitas vezes, assusta as homens que se sentem impotentes e pequenos como formigas. A água do mar quando se quebra contra a terra modela as margens, que se tornam labéis. O mar nunca pára, está sempre em movimento, mais ou menos agitado em relação ao vento. Quando olho o mar eu percebo um sentido de liberdade e infinidade.  (Amina Boggi)


Mar, como te perceber? És imenso, profundo, maravilhosamente lindo e magicamente misterioso.Tudo aquilo que te forma, que faz parte de ti é estupendo: areia, ondas, rochas, o grito das gaivotas, o teu perfume, a vida que te popula, a tua voz, a tua força e potência,tudo é divino em ti. Deus criou-te quando estava feliz, és a sua perfeição absoluta.Duas consoantes,duas vogais, duas sílabas do ponto de vista da expressão e a eternidade, imensidade e intensidade do ponto de vista do significado. És maravilhoso em todas a estações do ano, de manhã e à noite, quando resplandece o sol e quando chove. Para ti se estendem as pessoas quando estão felizes, tristes, apaixonadas, cansadas, zangadas, estendem-se para procurarem a paz interior, para encontrarem as respostas, para confiarem os seus pensamentos, para tomarem de ti a energia universal e transformarem-na no tratamento da alma. (Krystyna Borysenko)

A água é o elemento da natureza que eu mais gosto. O som que o mar produz quando chega à ribeira, esse vai-vem, é como uma canção de embalar que provoca uma profunda paz interior. Os reflexos dos raios do Sol na superfície do mar são como milhares de pequenos diamantes. O perfume do mar, a maresia, penetra no corpo pela narina, chegando aos pulmões e, graças, às veias, estende-se por todo o corpo suscitando uma sensação de energia. Por fim, o tato. Deitar-se à breira-mar e deixar-se massajar delicadamente pela água é a melhor terapia não só para o corpo mas também para a cabeça. (Cristina Gangitano)


O velho marinheiro

As vagas rebentam contra as rochas,
o marinheiro está a cantar
enquanto o barco desliza sobre o mar
os olhos perdidos naquele azul
maravilhosa extensão sem fim.
A luz da madrugada,
as velas levadas pelo vento,
a pele bronzeada.
Lembranças que vêm à memória:
pessoas, lugares, emoções,
tanta fadiga mas tanto amor.
Ele nasceu sobre o mar,
esta é a sua casa, a sua vida
e não deseja parar de navegar.
A maresia é o seu perfume preferido,
sente-se livre, feliz, enriquecido.
O coração grato por todas as prendas do destino. (Olga Di Francesco)


O mar nos olhos

Nos teus olhos
o verde do mar
da água limpa
imóvel.
Gosto do teu andar
como o das ondas
tranquilo
no silêncio
dum dia de sol. (Rachele Reali)


Furacão

Perdição.
Palácios de ondas rodeiam a nau,
a tripulação não vê ao seu redor.
A Natureza escolheu com vigor:
o Mau.


Espumas, escombros, o vento que uiva,
seria um milagre uma só alma viva.
A chuva não cala,
relâmpagos gaguejam,
um raio já fala,
entre os nimbos praguejam
os maiores trovões.
Desesperações.

Mas no cume do medo a nau não se afunda,
o céu, mais que preto, vê o mar que a secunda:
as vagas recuam, deixam de brincar,
as nuvens já mudam as cores do ar.

Tempestade violenta faz-se ventania,
as rezas dos homens afastam a morte;
só há vento forte.
O céu já não chora, agora faz companhia
à nau e à equipagem que sobre ela esteve
uma brisa leve.

A lua, enfim, ganha coragem
e volta a se olhar
no espelho do mar.
Tudo isto fica: a mínima aragem
que nem sequer agita uma palma.
Calma. (Luigi Boncompagni)



terça-feira, 8 de maio de 2012

Capítulo 4 - Do outro lado da história...

Para despertar os teus sentidos


Lembras-te também d’ A Pequena Sereia? E do Capuchinho Vermelho e d’O Pinóquio? O que faz agora a Cinderela nos tempos livres? Gosta de viver num castelo? Também tem uma página no Facebook? E Rapunzel frequenta algum curso? Já participou no programa Erasmus? Gosta de viajar e conhecer novas culturas? E onde vivem agora os sete anões? E a estes sete juntou-se mais algum? Eis que te é dada a oportunidade de continuar aqueles contos que tantas vezes povoaram o teu imaginário.

O Alessandro Valentini escolheu a história de Hansel e Gretel (também conhecida em Portugal por A Casinha de Chocolate) e deu-nos a conhecer a vida destes dois meninos, agora adultos:

«O Hansel e a Gretel hoje têm uma graciosa confeitaria no centro da floresta onde eles vendem muitas coisas boas. Eles trouxeram muitas receitas da casa da bruxa e hoje eles preparam doces excecionais para todos os animais da floresta e para todas as crianças que passam pela floresta para trazer coisas às suas avós que moram no bosque. O Hansel e a Gretel são dois ótimos pasteleiros, eles cozinham doces e pastéis que eram da bruxa e as crianças vão à confeitaria para atravessar a floresta antes de ir para a escola. E todos os dias compram a merenda e, por isso, o Hansel e a Gretel têm muito dinheiro e querem abrir uma outra confeitaria na “Ilha que não há”.»

A Francesca Muscatello selecionou a história d'O Capuchinho Vermelho, continuando a recontar a vida desta menina:

«O Capuchinho Vermelho tornou- se numa senhora muito linda. Ela casou-se com o filho do caçador, que se chama José, depois de ter terminado a Universidade para ser uma ótima veterinária. Ela gosta muito dos animais mas não gosta do lobo! Ela está feliz com o seu marido e agora está grávida do seu quinto filho. Ela é uma mãe apaixonada pelos filhos e pelo seu marido que é um senhor muito bom. Eles vivem numa pequena aldeia e todos os sábados organizam festas para toda a gente que vive lá!»


A Cecilia Dominici decidiu contar como vive a Rapunzel nos dias de hoje:

«A Rapunzel tinha o cabelo comprido mas agora não tem. Ela tem o cabelo curto porque tem duas filhas que puxavam os seus cabelos! Ela é casada com Eugene, o seu primeiro amor. A Rapunzel estuda na faculdade de línguas da sua cidade e ao mesmo tempo é cabeleireira. Ela tem uma enorme paixão por cabelos e adora pentear aqueles das suas meninas. A sua madrasta mora longe dela, porque a Rapunzel nunca a perdoou. As suas filhas chamam-se Flor e Sol, porque ela gosta muito da natureza e deu-as à luz num jardim com muitas flores num dia luminoso.»


E a Lucia Dominici apresenta-nos a Aurora, a emancipada Bela Adormecida:

«Hoje A Bela Adormecida (Aurora) não vive mais com o príncipe encantado (Filippo), ela não gostava da vida de casa, não queria filhos, não queria ser princesa ou, mais simplesmente, não queria estar com o Filippo. Agora mora em Nova Iorque, consome todos os dias café do "Star Bucks" e dirige o ateliê de moda mais célebre. É uma mulher muito desejada porque é solteira, muito rica e a mais jeitosa.»


Envia também as tuas ideias criativas.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Capítulo 3 - Da janela do meu quarto...



O aluno Alessandro Caravella aceitou o desafio de 'tatuar' no papel esses instantes de tempo que se consomem através da janela do seu quarto. Partilho convosco as suas palavras:

«Da janela do meu quarto eu vejo um mundo paralelo: à frente dos meus olhos aparece uma extensão de telhados e casas, com os rios de fumo que partem das lareiras e vão pelo céu. De vez em quando, entre os monstros silenciosos de cimento e as ruas cinzentas, vejo umas árvores verdes que dão como um sopro de cor, neste quadrado melancólico. Da janela do meu quarto eu vejo a juventude perdida, que esvazia a sua vida com um buraco de seringa. Da janela do meu quarto eu vejo os mendigos, as caras apagadas pela velhice e pela fome. Da janela do meu quarto eu vejo a Beleza que vende amor e ilusões aos transeuntes distraídos. Da janela do meu quarto eu vejo um Carnaval de raças e cores; gargalhadas ao sabor de África. Da janela do meu quarto eu vejo uma mãe que leva um menino pela mão, e caminhando pela rua lhe explica que a “diferença” não é um inimigo a evitar, mas um amigo para abraçar.»

Eis outro singular texto da aluna Carmen Teramo que também partilha esse mundo que perceciona da janela do seu quarto.

«Da janela do meu quarto eu só posso ver um pedaço de céu, que parece demasiado longe e inalcançável, entre os prédios altos e antigos da minha pequena rua. Embora seja tão pequena, é muito frequentada por pitorescas personagens: há a velha senhora que sempre rega as flores que embelezam a sua pequena varanda, lamentando-se das gargalhadas e dos berros das universitárias espanholas em Erasmus que moram perto dela e dos grupos de adolescentes que se sentam nas escadas ali. Há os netos dela que também regam sempre as suas flores e parecem mais velhos do que são na verdade, tristes e cheios de ilusões perdidas. Há a porteira do meu colégio, que vai à janela com a Circe, a sua cadela, e fala com ela como se fosse uma menina curiosa por descobrir o mundo. Há a mulher misteriosa que está no escuro do seu quarto e espia atrás das cortinas a vida que talvez ela só pode sonhar. Há enfim a personagem mais original de todas: um velho alto e muito magro que eu chamo Gandalf o Cinzento porque é parecida com uma personagem do filme “O Senhor dos Anéis” que é um mago. Ele caminha sempre com os seus cães, que eu chamo “cães-gárgula” porque ladram de maneira lúgubre e estão sempre nervosos. Gandalf o Cinzento parece um homem distante, mas ajuda sempre os condutores a fazer manobras quando encontram dificuldades pelo pouco espaço da rua.»

Aproxima-te da janela do teu quarto e observa a vida lá fora. Conta o que vês e o que escutas. Dá-nos a conhecer o teu bairro, a tua rua, a provável vida de utopias dos teus vizinhos ou de inocência da menina que passa em bicicleta neste momento. 'Fotografa' essas tuas perceções e envia para o blogue.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Capítulo 2 - O Amor é...

O Amor é um passarinho azul que beija uma flor amarela.
O Amor é o sorriso de uma estrela em noite de lua cheia.
O Amor é uma espuma de sonho que se deita na areia.
O Amor é plantar um desejo no jardim das emoções.

«O Amor é o berço da alma.
O Amor é percorrer um traço de estrada juntamente com uma outra pessoa.
Eu acho que a vida pode encontrar  o seu sentido também roçando uma outra mão pela estrada.»
(Amina Boggi)

«O Amor é um sentimento. É o sentimento.»
(Tosca Monacchia)

«O Amor é dividir um pedaço de bolo e rir das mesmas coisas com alguém.»
(Dalila Rauch)

«Para mim o Amor é presença, paciência, o chá com os biscoitos em cima da mesa.»
(Federica Listanti)

«Para mim o Amor é quando tu me dás tempo sem o teres.»
(Giovanna Vedele)

E porque o Amor não é mecânico... 



 Numa atividade proposta durante as aulas, a aluna Krystyna Borysenko escreveu:

Para mim o Amor é um sentimento muito lindo. O amor melhora as pessoas e torna-as felizes. Há vários tipos de amor: amor entre os familiares, amor por um filho, amor por um amigo, amor por um animal, amor próprio, amor entre uma mulher e um homem, etc. Tomemos em consideração este último. A fase mais linda aqui é a fase do enamoramento, quando há amplificação de todos os sentidos. O amor procede como um tratamento a todos os demais. Mas o enamoramento não pode durar até à eternidade, mais cedo ou mais tarde chega a fase chata da vida quotidiana, quando tudo se estabeleceu, quando aconteceu o conhecimento, quando não há mais "as borboletas no estômago". Por isso, o Amor tem de ser sempre nutrido, alimentado dia a dia; é preciso empenharem-se ambos para mantê-lo sempre vivo, aceso, interessante. (...) O amor  também é uma responsabilidade e compromisso. O amor tem de ser respeitado (...), tem de ser vivido no bem e no mal. Algumas vezes o amor faz-nos mal, faz-nos sofrer, mas isto faz parte das regras, por isso, algumas vezes o amor tem de ser reconquistado. Para vivê-lo bem é preciso acolhê-lo, acolher o mundo dele sem eliminar o mundo próprio. Mas saber viver o amor sem erros é uma capacidade que possuem poucos. Enfim, o amor é uma arte da vida.

Eis o que o Luigi Boncompagni deseja partilhar sobre o Amor:

(CL)Amor

O amor é uma amora sem o final
que tem porém a mesma doçura;
significa não ir ao hospital
mesmo tendo uma certa loucura;

é ter intenção de pedir perdão
demovendo o seu coração de aço,
e de pegar em alguém pela mão
sem pensar em pedir todo o braço.

O amor mora sempre nos detalhes,
sejam defeitos ou qualidades,
e só conduz por aquelas calhes
onde não chegam as amizades.


Deixa também a tua pegada nesta estrada que nos leva ao coração.