quinta-feira, 12 de junho de 2014

Capítulo 13 - Histórias em Roda

Eis uma nova proposta de escrita coletiva a partir de um vídeo muito pictórico.


É importante não esquecer a referência a alguns elementos:
  • quem são as personagens
  • descrição do espaço e do  tempo
  • a linguagem situa-se entre o real e o metafórico

Num pequeno quarto sem luz, a Morgana está a tomar a bebiba preferida dela: um bom café de cevada, muito quente e com um pouco de açúcar de cana. Ela tem as meias de lã muito coloridas que gosta sempre de ter quando está frio em casa e que a ajudam a pensar. De repente um ruído: Tetê, o gato dela, que nunca é capaz de estar quieto. Mas... a janela está aberta: o vento? Sim, a persiana torna a fechar-se (por uma vez o Tetê não fez nada). No entanto, a Morgana viu algo da janela. (Luigi Boncompagni)

Um animal, mais precisamente um javali, estava fora de casa. Ela começa a pensar profundamente e a ver imagens. Entretanto, a vida fora da casa dela parece continuar o seu curso normal: os animais vivendo tranquilos, os pássaros cantando e o sol brilhando no céu azul. Ela pensa e voa sobre os pensamentos. Vê o marido longe de casa, distante dela, e sente uma profunda saudade. Ela sente-se sozinha em casa. Gostaria de ter o marido perto. Os pensamentos tornam-se escuros e ela não pode parar de imaginar situações... (Lucas Simone)

A Morgana começa a construir com a fantasia uma sua viagem ideal e deseja realizá-la com o único amor da vida dela: o Thomas. Ela imagina um país exótico, quente, longe da tristeza e da solidão da casa dela. No sonho, ela vê uma paisagem espetacular, um campo enorme que parece acordar depois do sono do inverno. As cores das flores são brilhantes e as árvores estão plenas de frutos deliciosos. Mas este é só um sonho e ela fica à espera sozinha... (Stefania Ronci)

As ilusões dela continuam repetidamente, e a esperança de ver o Thomas está a assombrar a mente dela. A Morgana continua a pensar no Thomas e as coisas que podem fazer juntos: ir à praia e colher flores amarelas e vermelhas, as suas duas cores favoritas. As estações passam... Num dia silencioso, quando está a olhar pela janela, a porta abre-se. Ela vira-se para ver quem é e com um sorriso quente no rosto vê o Thomas. A Morgana continua a tomar o café com felicidade. (Mairna Majrouh)

A Morgana sabe que olhando da janela ela viu tudo de bom que tem na vida, cruzando a linha entre o real e o imaginário. Portanto, o Thomas apareceu para ela como um sonho que aquece o coração. Ela está feliz porque sabe que isso não é irreal: através do javali que deu lugar a uma série de imagens, a Morgana chega à realidade e um pouco depois ela vê à sua frente o Thomas, o homem que ela tanto adora e está contente porque ainda vão viver muitas coisas juntos. (Valentina Lenticchia)

Parece-lhe um sonho que o Thomas está ali. Veste um fato e um boné que ela nunca tinha visto antes. Mas tem na boca o cachimbo que ela conhece muito bem. Ela tinha muitas saudades do odor dele! O Thomas aparece cansado e um pouco mais velho do que quando partiu. Na sua mão direita tem uma mala. Que contém? Presentes para ela? Documentos importantes? A Morgana não sabe. Mas nem se importa. Quando o Thomas tira o boné e sorri, ela só quer abraçar o seu namorado. (Sofia Valigi)