O mar é uma carícia fresca de liberdade
Que nas mãos ou na cara podes tatear,
é
o suspiro de uma procissão
infinita
de raparigas
que
ao sacrifício vão,
é o perfume de tristes profundidades
esquecidas,
é
o gosto de imensidades
perdidas…
O
mar é como um estado de ânimo,
mutável
e sublime. (Carmen Teramo)
O mar é uma extensão de água salgada que marca horizontes. Milhões de gotas
que substituem terras e prados. É uma coisa tão grande, imensa e
poderosa que não conhece fronteiras.
O mar com a sua força implacável gera a vida, acolhe maravilhosas formas
vitais, mas ao mesmo tempo pode destruí-la. O mar, muitas vezes, assusta as
homens que se sentem impotentes e pequenos como formigas. A água do mar quando
se quebra contra a terra modela as margens, que se tornam labéis. O mar nunca
pára, está sempre em movimento, mais ou menos agitado em relação ao vento.
Quando olho o mar eu percebo um sentido de liberdade e infinidade. (Amina Boggi)
O velho marinheiro
As vagas rebentam contra as rochas,
o marinheiro está a cantar
enquanto o barco desliza sobre o mar
os olhos perdidos naquele azul
maravilhosa extensão sem fim.
A luz da madrugada,
as velas levadas pelo vento,
a pele bronzeada.
Lembranças que vêm à memória:
pessoas, lugares, emoções,
tanta fadiga mas tanto amor.
Ele nasceu sobre o mar,
esta é a sua casa, a sua vida
e não deseja parar de navegar.
A maresia é o seu perfume preferido,
sente-se livre, feliz, enriquecido.
O coração grato por todas as prendas do destino. (Olga Di Francesco)
O mar nos olhos
Mar, como te perceber? És imenso, profundo,
maravilhosamente lindo e magicamente misterioso.Tudo aquilo que te forma, que
faz parte de ti é estupendo: areia, ondas, rochas, o grito das gaivotas, o teu
perfume, a vida que te popula, a tua voz, a tua força e potência,tudo é divino
em ti. Deus criou-te quando estava feliz, és a sua perfeição absoluta.Duas
consoantes,duas vogais, duas sílabas do ponto de vista da expressão e a
eternidade, imensidade e intensidade do ponto de vista do significado. És
maravilhoso em todas a estações do ano, de manhã e à noite, quando resplandece
o sol e quando chove. Para ti se estendem as pessoas quando estão felizes, tristes,
apaixonadas, cansadas, zangadas, estendem-se para procurarem a paz interior, para
encontrarem as respostas, para confiarem os seus pensamentos, para tomarem de
ti a energia universal e transformarem-na no tratamento da alma. (Krystyna Borysenko)
A água é o elemento da natureza que eu mais gosto. O som que o mar produz quando chega à ribeira, esse vai-vem, é como uma canção de embalar que provoca uma profunda paz interior. Os reflexos dos raios do Sol na superfície do mar são como milhares de pequenos diamantes. O perfume do mar, a maresia, penetra no corpo pela narina, chegando aos pulmões e, graças, às veias, estende-se por todo o corpo suscitando uma sensação de energia. Por fim, o tato. Deitar-se à breira-mar e deixar-se massajar delicadamente pela água é a melhor terapia não só para o corpo mas também para a cabeça. (Cristina Gangitano)
A água é o elemento da natureza que eu mais gosto. O som que o mar produz quando chega à ribeira, esse vai-vem, é como uma canção de embalar que provoca uma profunda paz interior. Os reflexos dos raios do Sol na superfície do mar são como milhares de pequenos diamantes. O perfume do mar, a maresia, penetra no corpo pela narina, chegando aos pulmões e, graças, às veias, estende-se por todo o corpo suscitando uma sensação de energia. Por fim, o tato. Deitar-se à breira-mar e deixar-se massajar delicadamente pela água é a melhor terapia não só para o corpo mas também para a cabeça. (Cristina Gangitano)
O velho marinheiro
As vagas rebentam contra as rochas,
o marinheiro está a cantar
enquanto o barco desliza sobre o mar
os olhos perdidos naquele azul
maravilhosa extensão sem fim.
A luz da madrugada,
as velas levadas pelo vento,
a pele bronzeada.
Lembranças que vêm à memória:
pessoas, lugares, emoções,
tanta fadiga mas tanto amor.
Ele nasceu sobre o mar,
esta é a sua casa, a sua vida
e não deseja parar de navegar.
A maresia é o seu perfume preferido,
sente-se livre, feliz, enriquecido.
O coração grato por todas as prendas do destino. (Olga Di Francesco)
O mar nos olhos
Nos teus olhos
o verde do mar
da água limpa
imóvel.
Gosto do teu andar
como o das ondas
tranquilo
no silêncio
dum dia de sol. (Rachele Reali)
Furacão
Perdição.
Palácios de ondas rodeiam a nau,
a tripulação não vê ao seu redor.
A Natureza escolheu com vigor:
o Mau.
Espumas, escombros, o vento que uiva,
seria um milagre uma só alma viva.
A chuva não cala,
relâmpagos gaguejam,
um raio já fala,
entre os nimbos praguejam
os maiores trovões.
Desesperações.
Mas no cume do medo a nau não se afunda,
o céu, mais que preto, vê o mar que a secunda:
as vagas recuam, deixam de brincar,
as nuvens já mudam as cores do ar.
Tempestade violenta faz-se ventania,
as rezas dos homens afastam a morte;
só há vento forte.
O céu já não chora, agora faz companhia
à nau e à equipagem que sobre ela esteve
uma brisa leve.
A lua, enfim, ganha coragem
e volta a se olhar
no espelho do mar.
Tudo isto fica: a mínima aragem
que nem sequer agita uma palma.
Calma. (Luigi Boncompagni)
Furacão
Perdição.
Palácios de ondas rodeiam a nau,
a tripulação não vê ao seu redor.
A Natureza escolheu com vigor:
o Mau.
Espumas, escombros, o vento que uiva,
seria um milagre uma só alma viva.
A chuva não cala,
relâmpagos gaguejam,
um raio já fala,
entre os nimbos praguejam
os maiores trovões.
Desesperações.
Mas no cume do medo a nau não se afunda,
o céu, mais que preto, vê o mar que a secunda:
as vagas recuam, deixam de brincar,
as nuvens já mudam as cores do ar.
Tempestade violenta faz-se ventania,
as rezas dos homens afastam a morte;
só há vento forte.
O céu já não chora, agora faz companhia
à nau e à equipagem que sobre ela esteve
uma brisa leve.
A lua, enfim, ganha coragem
e volta a se olhar
no espelho do mar.
Tudo isto fica: a mínima aragem
que nem sequer agita uma palma.
Calma. (Luigi Boncompagni)
Sem comentários:
Enviar um comentário